Para Refletir
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- Publicado: Domingo, 30 Outubro 2016 às 22:00 h
As crianças e adolescentes inseridos nos projetos de acolhimento institucional sofreram algum tipo de violação de seus direitos. Estas violações podem ter sido por abandono, negligência, agressões físicas ou emocionais, abusos sexuais, exploração, entre outros. Desta forma, atendemos um público extremamente fragilizado, desde os motivos pelos quais os levaram a ser inseridos no acolhimento até a efetiva separação de sua família. Soma-se a isso a chegada a um ambiente desconhecido, com outras crianças e adolescentes, as mudanças radicais em seu cotidiano, outras regras, outros vínculos...
Enfim, é necessário um trabalho efetivo de fortalecimento individual, social e educacional para o enfrentamento desse período, até seu retorno para casa ou inserção em nova família. As expectativas, incertezas, ansiedades, temores e traumas gerados com esse turbilhão de acontecimentos precisam ser entendidas, organizadas e redirecionadas de forma produtiva, para que esta criança ou adolescente possa compreender e adaptar-se a tais situações.
Neste contexto, entendemos que o apoio psicológico, através de atendimentos individuais ou grupais, em arteterapia, psicopedagogia, psicoterapia e outras linhas terapêuticas, de acordo com cada caso, seja fundamental para este fortalecimento.
Para isso, contamos com a parceria de profissionais qualificados, na rede pública ou privada, como atendimentos na Fundação Santo André, no CRAMI (Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância), em postos de saúde e em clínicas especializadas que realizam este trabalho.
Cada caso é discutido, avaliado e encaminhado por uma equipe formada por técnicos, psicólogos, médicos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde, com o objetivo único de fornecer condições de reestruturação emocional, física e social para o público atendido.
Escrito por Andrea Garcia Romani de Lemos
Psicóloga