Nossa História
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- Publicado: Sábado, 31 Dezembro 2016 às 22:00 h
Estamos no caminho certo?
Ouço dizer que números muitas vezes são frios e nem sempre o bom resultado de um trabalho se mede por eles. No entanto, dependendo da leitura que fazemos, os números podem apontar caminhos. Veja o que alguns desses números podem nos mostrar:
Com a chegada do final de ano, fazemos avaliações dos trabalhos realizados durante o período e analisamos os resultados alcançados para planejar as ações do ano seguinte.
Destacarei só o serviço de acolhimento com crianças e adolescentes, que atendemos no Lar S. Francisco, e tentarei interpretar alguns números apresentados.
Falarei sobre o item desacolhimento, que é quando o acolhido volta pra sua casa depois do trabalho realizado com as famílias. Até a metade de 2014, a outra ONG que administrava o Lar S. Francisco conseguiu que 4 crianças e adolescentes voltassem pra casa. Depois da nossa entrada no programa, ainda em 2014, esse número passou para 11. Continuamos investindo na família, no ano de 2015 realizamos 14 desacolhimentos e em 2016 chegamos a 19.
Olhando mais atentamente pra tais números, percebemos que, com o passar desses anos, além de diminuir o número de acolhidos, conseguimos aumentar o número de crianças e adolescentes que voltaram pra suas famílias. Penso que esses números não são tão frios, pois olhando para os resultados podemos falar em bom trabalho, principalmente porque esses números não se referem a coisas, e sim pessoas. Não estamos no caminho certo?
Nossa avaliação conta, porém, com outros números importantes, além do desacolhimento. Notamos que antes não havia adoções concretizadas, e as crianças continuavam morando no acolhimento. No entanto, entre 2015 e 2016 conseguimos que 6 crianças fossem adotadas, sendo que dessas uma família adotou um casal de irmãos de 7 e 9 anos; outra família adotou irmãs de 9 e 10 anos.
O mais legal foi que uma improvável pessoa especial fez uma improvável adoção de uma especial, uma jovem de 15 anos, com um caso bem complicado de saúde, mostrando que o amor não escolhe credo, raça, idade ou classe social. Olhando agora para esses números, são frios? Mostram ou não um bom resultado? Estamos no caminho certo.
Escrito por Roberto de Andrade Júnior
Coordenador Geral