Cidadania e Inserção Social
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- Publicado: Domingo, 30 Outubro 2016 às 22:00 h
Em 20 de novembro, comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639 de 9 de janeiro de 2003, e foi escolhida por ser o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Zumbi dos Palmares é conhecido como o grande líder do quilombo dos Palmares, da resistência negra e da luta pela liberdade em tempos de escravidão no período colonial. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana no Brasil.
A influência cultural dos negros africanos no Brasil destaca-se nos aspectos religiosos, políticos, sociais e gastronômicos, sendo incorporadas à nossa cultura em forma de crenças, danças, vocabulário, culinária, folclore e outras.
Esta data homenageia e permite a reflexão e conscientização sobre a importância e a influência cultural dos negros africanos em nosso país. Devemos valorizar e homenagear a cultura afro-brasileira, comemorando esta data em escolas, entidades, espaços culturais, com eventos educativos, palestras e atividades culturais.
Procuramos, através da conscientização da importância da cultura afro-brasileira, trabalhar a autoestima e a valorização do negro em nossa sociedade, tendo em vista as desigualdades sociais e a exploração que ainda se encontram arraigadas em nosso meio, reforçando o “autopreconceito” e o senso de inferioridade, principalmente entre as crianças.
É através de debates sobre a inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, preconceito racial e diferenciação salarial que podemos refletir sobre a desigualdade, propor ações de combate ao racismo e construir a verdadeira inclusão social.
Algumas ações importantes já estão sendo praticadas, como a inclusão de disciplinas e conteúdos sobre a história da África e a cultura afro-brasileira nas escolas e campanhas de conscientização sobre preconceito e desigualdade, porém ainda há muito o que fazer para oferecer liberdade de expressão, acesso a direitos humanos fundamentais e igualdade racial. São necessários esforços em conjunto, de esferas federais, estaduais e municipais, movimentos sociais e sociedade civil.
A reflexão pessoal, sobre nossos atos, verbalizações, valores e crenças é fundamental para analisarmos nosso papel diante da questão do preconceito racial e da desigualdade social.
Tendo como objetivo a construção de uma sociedade mais justa, humanitária e inclusiva, a conscientização e transformação pessoal são os primeiros passos para a mudança.
É de Zumbi a frase “Nascer negro é consequência, ser negro é consciência”.
Escrito por Andrea Garcia Romani de Lemos
Psicóloga